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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dicas de Leitura: Jorge Amado

Jorge ao lado de sua esposa,
Zélia Gattai. Eram casados desde 1945
Se estivesse vivo, o escritor Jorge Amado completaria nesta quarta (10) 99 anos. Jorge Leal Amado de Faria nasceu em 1912 na cidade de Itabuna, interior da Bahia. Formou-se em direito na antiga Universidade do Rio de Janeiro (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) em 1935 e, em 1931, lançou seu primeiro romance intitulado "O País do Carnaval". O primeiro de muitos. Jorge tem seus livros editados em 52 países e traduzidos em 49 idiomas. Ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, como Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997). 

Amado faleceu em 6 de agosto de 2001, em Salvador. Suas cinzas foram jogadas no quintal de sua casa, no Rio Vermelho. 

Em homenagem ao grande escritor baiano, a Subgerência de Informação e Atendimento ao Público (SIAP)  preparou uma lista de livros que você pode pegar emprestado conosco ou ler na própria Biblioteca. Para efetuar empréstimos na Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris), a pessoa deve se dirigir ao  Setor de Empréstimos (lateral esquerda do prédio da Biblioteca) e apresentar RG e comprovante de residência (atualizado). Após o cadastro, você pode pegar até dois livros por 15 dias ou um livro para o vestibular por 8 dias. Mais informações pelo telefone do Setor de Empréstimo: (71) 3117-6021. Boa leitura!

O País do Carnaval (1931) Em 'O país do Carnaval', a narrativa começa no navio que traz de volta ao Brasil o jovem filho de fazendeiro Paulo Rigger, depois de sete anos em Paris, onde cursara direito e absorvera comportamentos e ideias modernas. Nos primeiros dias que passa no Rio de Janeiro, Rigger tenta compreender um país onde já não se sente em casa, um país que tenta timidamente superar seu atraso oligárquico e ingressar na era industrial e urbana. De volta a Salvador, ele participa de um grupo de poetas fracassados e jornalistas corruptos que giram em torno do cético Pedro Ticiano, cronista veterano. Todos se sentem insatisfeitos e buscam um sentido para a existência - no amor, no dinheiro, na política, na vida burguesa ou na religião.

Suor (1934)
Um casarão do Pelourinho transformado em cortiço, com suas dezenas de moradores pobres e marginalizados, é o ambiente de 'Suor'. Jorge Amado narra um cotidiano de miséria, falta de higiene e ausência de perspectivas. Nos quartos precários do cortiço, homens e mulheres convivem com ratos e baratas e dão vazão às pulsões mais básicas. Os diversos personagens ganham em algum momento o primeiro plano do relato. Há o mascate judeu que percorreu o mundo e fala oito línguas, o homem sem braços que faz propaganda de lojas, a velha prostituta que não consegue mais arranjar freguês, o operário anarquista que vive com um gato, a costureira que sonha com um casamento para a afilhada virgem, entre outras figuras.

Jubiabá (1934)
'Jubiabá', romance de Jorge Amado escrito entre 1934 e 1935, tem como protagonista Antônio Balduíno, menino pobre nascido no morro do Capa-Negro, em Salvador. Ao longo do romance, acompanhamos as diferentes fases de sua vida - quando vivia nas ruas, ainda criança, cometendo pequenos delitos, agregado na casa de um comendador, malandro, boxeador, trabalhador nas plantações de fumo, artista de circo e estivador.


Mar Morto (1936)
Mar morto conta as histórias da beira do cais da Bahia, como diz o escritor, na frase que abre o livro. Personagens como o jovem mestre de saveiro Guma parecem prisioneiros de um destino traçado há muitas gerações - o dos homens que saem para o mar e que um dia serão levados por Iemanjá, deixando mulher e filhos a esperar, resignados. Mas nesse mundo aparentemente parado no tempo, há forças transformadoras em gestação. O médico Rodrigo e a professora Dulce, não por acaso dois forasteiros, procuram despertar a consciência da gente do cais contra o marasmo e a opressão.


Tenda dos Milagres (1969)
Na Tenda dos Milagres, na ladeira do Tabuão, em Salvador, onde o amigo Lídio Corró mantém uma modesta tipografia e pinta quadros de milagres de santos, o mulato Pedro Archanjo atua como uma espécie de intelectual orgânico do povo afro-descendente da Bahia. A história é contada retrospectivamente, em dois tempos. Em 1968, a passagem por Salvador de um célebre etnólogo americano admirador de Archanjo desencadeia um revival de sua vida e obra. Para a comemoração do centenário de nascimento do heroi redescoberto, arma-se todo um circo midiático. Contrapondo-se a essa apropriação política da imagem de Archanjo, sua trajetória é narrada paralelamente como foi preservada na memória do povo - os amores, as polêmicas com os luminares da universidade, os confrontos com a polícia.

Tieta do Agreste (1977)
Fogosa pastora de cabras e namoradora de homens, a adolescente Tieta é surrada pelo pai e expulsa de Santana do Agreste graças à delação de suas aventuras eróticas por parte da irmã mais velha, a pudica e reprimida Perpétua. Um quarto de século depois, rica quarentona, Tieta retorna em triunfo ao vilarejo, no interior da Bahia. Com dinheiro e influência política, ajuda a família e traz benefícios à comunidade, entre eles a luz elétrica.

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